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Hemangioma e Malformação Vascular: entenda as diferenças

É comum que as pessoas conheçam a palavra hemangioma de forma genérica e não saibam o que é uma malformação vascular. Por isso, o termo hemangioma é frequentemente utilizado para designar qualquer anomalia vascular.


hemangioma e malformação vascular


Esse uso impreciso leva à falsa ideia de que todas as alterações vasculares pertencem à mesma categoria, o que pode causar confusão e erros no diagnóstico e no tratamento. É fundamental enfatizar que, na realidade, hemangiomas e malformações vasculares são condições de saúde diferentes.


Hemangioma versus Malformação Vascular


As diferenças entre hemangioma e malformação vascular vão além da definição, abrangendo também aspectos relacionados ao desenvolvimento, diagnóstico e tratamento.

 

O que são hemangiomas?

 

Sobre hemangioma, é importante destacar que não se trata de câncer, mas sim de um tumor benigno que se desenvolve a partir de uma proliferação anormal de células vasculares.


Os hemangiomas da infância aparecem nas primeiras semanas de vida. Já os hemangiomas congênitos se desenvolvem durante a gestação e estão plenamente formados ao nascimento.


Os hemangiomas da infância são os tumores mais comuns nessa faixa etária. Podem ocorrer de maneira isolada ou múltipla, além de se apresentarem como lesões localizadas ou segmentares. Acometem cabeça e pescoço, tronco e membros. Quando superficiais, apresentam coloração avermelhada na pele. Durante os primeiros seis meses de vida, passam por crescimento rápido, podendo atingir proporções alarmantes. Dependendo da região em que se desenvolvem, podem comprometer funções como a visão e a respiração. Em outras partes do corpo, podem causar ferimentos que cursam com sangramentos e provocam dor intensa.


Após esse período, o crescimento tende a desacelerar gradualmente. A partir do segundo ano de vida, a lesão começa a regredir espontaneamente, tornando-se menos avermelhada e diminuindo progressivamente de tamanho.


Em algumas crianças, o processo natural de involução pode ser pouco eficaz e bastante lento, prolongando-se por anos. Mesmo após a regressão, podem persistir alterações residuais na pele, como vasos sanguíneos visíveis ou tecido fibrogorduroso, especialmente em hemangiomas de maior volume inicial. O tratamento precoce reduz o risco dessas deformidades e sequelas permanentes.

 

Diagnóstico do hemangioma

Para um especialista, o diagnóstico de hemangioma é clínico, estabelecido durante a consulta. A análise do histórico, do aspecto da lesão e do tipo de fluxo vascular ao exame de Doppler são facilmente reconhecidas. Além disso, podem ser solicitados outros exames de imagem para demonstrar a vascularização característica e a extensão de lesões mais profundas. Em casos específicos, cabe ao médico definir a necessidade de biópsia.

 

Tratamento do hemangioma

Qualquer hemangioma pode ser tratado com técnicas modernas, abordagens seguras ou minimamente invasivas que proporcionam melhorias significativas. O tratamento é sempre individualizado. As principais opções terapêuticas são medicamentos, laserterapia e, mais raramente, cirurgia.

 

O que são malformações vasculares?

 

As malformações vasculares, por sua vez, são anomalias congênitas do sistema circulatório decorrentes de falhas no desenvolvimento embrionário dos vasos sanguíneos e linfáticos. Têm origem na formação anômala desses vasos durante a gestação. Nessas condições, as estruturas vasculares encontram-se dilatadas e em maior número, podendo ocorrer fístulas entre vasos alterados que estabelecem comunicação inadequada entre diferentes componentes vasculares.


Estão presentes desde o nascimento, incipientes ou visíveis, e evoluem de maneira progressiva, sem regressão. São mais frequentes na região da cabeça e do pescoço, mas podem acometer qualquer estrutura do organismo, incluindo partes moles, músculos, vísceras e ossos.


As alterações estruturais dos vasos prejudicam a circulação do sangue e da linfa. Os efeitos sobre a saúde dependem de sua extensão e localização. Por exemplo, quando ocorrem no pescoço, podem causar dificuldade para engolir e respirar. Além disso, nos casos mais complexos, podem sobrecarregar o coração, os músculos e os ossos. Outros riscos importantes são trombose, hemorragia e aneurismas.

 

Diagnóstico das malformações vasculares


O diagnóstico das malformações vasculares é formulado com base na história clínica e no exame físico do paciente. Muitas vezes, essas alterações são visíveis à inspeção, mas a confirmação do diagnóstico requer exames complementares.


O tipo de lesão, a extensão e o comprometimento de estruturas profundas podem ser avaliados por meio da ultrassonografia com Doppler e ressonância magnética. Dependendo do quadro, as alterações da coagulação sanguínea devem ser monitoradas por exames laboratoriais. Nos casos de maior complexidade, o estudo genômico pode identificar mutações em genes como o PIK3CA.

 

Tratamento das malformações vasculares


O tratamento das malformações vasculares é essencial e deve ser iniciado precocemente para reduzir as alterações circulatórias e seus impactos. Entre as principais alternativas terapêuticas minimamente invasivas estão a laserterapia com dye laser, a aplicação intralesional de medicamentos e a embolização – procedimento que corrige conexões anormais entre artérias e veias – além da cirurgia. Essas intervenções têm como objetivo promover melhora clínica, prevenir complicações e garantir melhor qualidade de vida.


Os medicamentos podem auxiliar no controle dos sintomas e das alterações da coagulação. Nos casos mais complexos, pode-se recorrer à terapia alvo, utilizando fármacos como o sirolimo, que atuam diretamente nas vias de sinalização alteradas por mutações genéticas.

Dra. Heloisa Campos

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