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Hemangioma não é apenas uma "marca de nascença": entenda a diferença

As chamadas “marcas de nascença” que acometem os bebês podem variar em cor, tamanho e formato, aparecendo em diferentes partes do corpo. Entre elas está o hemangioma da infância, considerado o tumor benigno mais comum em crianças.


hemangioma


O hemangioma da infância pode surgir como uma mancha avermelhada, arroxeada ou azulada e apresenta uma evolução pós-natal característica: durante o primeiro ano de vida ocorre a fase proliferativa, marcada por crescimento rápido e complicações, sobretudo nos seis primeiros meses. A fase seguinte, de regressão espontânea, ocorre de forma lenta e tardia, prolongando-se por toda a infância.


Essas lesões podem ser superficiais, profundas ou mistas; únicas ou múltiplas; localizadas ou segmentares. Podem acometer qualquer parte do corpo, incluindo cabeça e pescoço, tronco, extremidades ou até estruturas internas. Mesmo quando parecem simples, precisam ser avaliadas com atenção, pois podem piorar e trazer complicações.


É fundamental lembrar que o hemangioma da infância não deve ser confundido com as malformações capilares, conhecidas como “mancha vinho do porto”, que são congênitas, presentes desde o nascimento e persistem por toda a vida.

Por isso, o diagnóstico deve ser cuidadoso e confirmado por um especialista. Diferenciar o hemangioma de outras alterações vasculares é essencial para garantir o tratamento adequado e evitar complicações.

 

Outras formas de hemangioma


O hemangioma da infância é um dos tipos de tumor vascular, mas não é o único. O hemangioma congênito, menos frequente, chama atenção por já estar completamente formado no momento do nascimento e pode ser identificado ainda durante a gestação por ultrassonografia pré-natal. Não apresenta a fase de crescimento acelerado típica do hemangioma infantil.


Essa diferença é fundamental: enquanto o hemangioma da infância cresce rapidamente nos primeiros meses de vida, o hemangioma congênito segue outro curso. Existem duas formas principais. No hemangioma rapidamente involutivo (RICH), a lesão tende a regredir espontaneamente nos primeiros meses de vida, podendo chegar à resolução completa. Já o hemangioma não involutivo (NICH) não regride e permanece relativamente estável ao longo do tempo.


Outro tipo que merece destaque é o hemangioma capilar lobular, também denominado granuloma piogênico. Trata-se de um tumor vascular benigno que costuma se apresentar como uma pequena lesão nodular, frequentemente pediculada, de coloração vermelho-vivo. Caracteriza-se por crescimento rápido e superfície delicada, que pode se romper com facilidade e provocar sangramentos recorrentes. O hemangioma capilar lobular aparece com maior frequência durante a infância, sendo mais comum na face e no couro cabeludo, podendo também acometer mucosas como gengivas ou a cavidade nasal.

 

Pontos de atenção


Se um hemangioma da infância cresce a ponto de provocar sintomas e complicações, torna-se indispensável um tratamento especializado precoce, ainda no início da fase proliferativa, para prevenir ferimentos, dor, sangramentos e o comprometimento de funções vitais — como visão ou respiração. As principais opções terapêuticas incluem medicamentos e laserterapia (dye laser).

Em alguns casos, o hemangioma deixa resíduos que podem ser tratados com procedimentos como o dye laser ou a cirurgia plástica reparadora.

Por isso, a avaliação de um especialista é fundamental para definir a conduta adequada e garantir o acompanhamento correto.

 

Mas o que causa o hemangioma?


O hemangioma da infância surge a partir da proliferação anormal de células endoteliais, que leva à formação de vasos sanguíneos extras e resulta em um aglomerado vascular.

Ainda não há um fator único e específico que explique o aparecimento do hemangioma. O que se observa de forma consistente é maior frequência em bebês prematuros (nascidos antes da 37ª semana), com baixo peso ao nascer (menos de 2,5 kg) e em meninas.


É importante desmascarar um mito: hemangiomas não são causados por situações ocorridas durante a gestação, tampouco por “desejos” ou estresse maternos. Também não são hereditários, ou seja, não são herdados do pai ou da mãe.


Como não existe um fator causador único e previsível, os pais devem estar atentos ao surgimento de qualquer marca vascular na pele do bebê. Embora benigno, o hemangioma da infância pode gerar complicações e comprometer a qualidade de vida da criança, tornando indispensável a avaliação imediata por um especialista.



Ficou com alguma dúvida sobre anomalias vasculares? Entre em contato e agende sua consulta. Estamos à disposição para atendê-lo. 

 



Dra. Heloisa Campos

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